28 de março de 2007

Capítulo 01 - O Início

Ainda me lembro claramente daqueles tempos, que vivia sem me preocupar com muitas coisas, em que vivia numa cidade qualquer à beira mar, passava os dias a esperar a noite chegar e saía para ver a vida passar. Sentava-me em um banco e punha-me a observar como a gente ia se flagelando aos pouquinhos a cada dia que passava. Violência, álcool, sexo barato... Observava quase como se estivesse em um zoológico e vez por outra me permitia participar de toda aquela baderna organizada e que acontecia com rigor quase que religioso.

Todo santo-dia, ou mesmo todo dia-pagão, estavam todos lá, distribuídos por entre bares e botecos, mesas e grupelhos. A harmonia desorganizada daquele burburinho era entrecortada por vozes que subiam e desciam, por gargalhadas escandalosas e por gritos de “traz mais uma” e clichês semelhantes. Aliás, os clichês reinavam por toda parte, via-se o jovem engravatado levando uma caneca de chope em uma das mãos na busca de um “happy hour” perdido, peões com cara-de-acabado, prostitutas cheirando a frescor de água-de-colônia. Todos os estereótipos da vida urbana compartilhavam o mesmo espaço, a mesma luz da lua misturada ao amarelar dos postes.

Levava uma vida deveras desregrada naqueles tempos, só tinha compromisso com o descompromisso e empurrava as coisas com a barriga. Não que eu tivesse uma vida de burguês ou me portasse feito um almofadinha, mas o acaso nunca houvera me surpreendido e, de uma forma ou de outra, as coisas vinham sempre dando certo. Entre minhas posses não materiais eu tinha a total ciência de meus defeitos e minhas virtudes, ambos politicamente corretos e assim meio errados, entre eles, tinha a tal da sinceridade como ponto de interseção, a verdade que é por vezes confortante e, por outras, cortante. No mais, eu tinha um velho e desafinado piano, uma vitrola, a vida noturna e um teto sobre minha cabeça, eu verdadeiramente não precisava de mais nada. Não mesmo...

7 comentários:

Carine disse...

nhaaiiin ciiiiiiid

um escritooor.....:O

* adorando a novela *

xD

:*

Sik disse...

waaaaaaaa~
ficou bom ate agora!!
continua continua!!! *o*

o/

Unknown disse...

Ok o primeiro exemplar do seu livro será meu e com direito a dedicatória enorme, poética e única e tenho o dito.

;*

Anônimo disse...

Eu me lembro de quando você escrevia coisinhas na época em que nos conhecemos, e porra, eu sinto tanto orgulho de ver a tua evolução... Você escreve cada vez melhor, e é cada vez um ser humano mais grandioso. E eu te adoro por isso.

Mentira.





Eu te amo também! Muito.

:)

Coisas que ninguém pode saber disse...

Muito bom isso!!! Acho quevc está descobrindo o seu caminho!

Íris S. Lovett disse...

AMEI
começou com chave de ouro

e só posso dizer que o que falta ao narrador é AMOR.
:)

:*** te adoro

Unknown disse...

belo texto, to gostando muito da novela.. ta me lembrando um ótimo escritor peruano 'mario vargas llosa' muito foda cidão! espero pela continuação.


ele morre no final???

casa com a mocinha???